Mais Exercícios e Menos Depressão na Velhice

 Mais Exercícios e Menos Depressão na Velhice
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Por Robson Mailho

A atividade física tem uma ação muito importante na vida do ser humano em todas as idades, mas na velhice, realizar exercícios físicos, promove benefícios que vão além do físico.

Episódios de depressão podem estar presente nos idosos pela diminuição da mobilidade, quedas frequentes, isolamento social, perda da independência nas atividades mais simples na rotina diária e quadros de dor que podem dificultar ainda mais a mobilidade piorando a depressão.

Um estudo publicado em Julho deste ano, comparou a eficácia do exercício físico ao tratamento com medicamentos antidepressivos utilizados na prática clínica em 347 pacientes com idade superior a 65 anos e que possuíam episódios depressivos.

A depressão é um transtorno comum e incapacitante que afeta mais de 120 milhões de pessoas em todo o mundo atingindo 1 a cada 5 pessoas ao longo da vida.

Esse estudo, conduziu um plano de exercícios físicos realizados 2 vezes por semana, com 1h de duração, por 6 meses com atividades aeróbicas, fortalecimento muscular, exercícios de flexibilidade e exercícios de equilíbrio prescritos de forma individualizada conforme a idade, aptidão física e peso corporal até que os participantes conseguissem realizar pelo menos 30 minutos de exercícios moderadamente intensos diariamente com o objetivo de mudar os hábitos diários de atividade e mobilidade.

Ao final do estudo, concluiu-se uma melhora dos episódios de depressão após o três meses de tratamento dentro do programa proposto uma vez que a realização de exercícios físicos nos idosos, pode controlar e até reverter as funções fisiológicas funcionais que são afetadas no processo do envelhecimento e atua como moderador da ansiedade, da depressão e da insônia.

A Fisioterapia Geriátrica, tem como objetivo atenuar as alterações ocasionadas pelo envelhecimento através de atividades específicas após realizar uma avaliação para identificar os pontos mais críticos de acordo com a fase em que o idoso está e desta forma, o tratamento fisioterapêutico individual melhora as capacidades individuais dos idosos devolvendo o convívio social através do ganho de força muscular, melhora do equilíbrio, prevenindo quedas, melhora da postura e da coordenação motora para realizar as tarefas simples da rotina diária mantendo a independência e a mobilidade do próprio corpo.

 

Fonte: Jesús López-Torres Hidalgo , Joseba Rabanales Sotos e DEP-EXERCISE Group

The Annals of Family Medicine, julho de 2021, 19 (4) 302-309; DOI: https://doi.org/10.1370/afm.2670

Dr. Robson G. Mailho – Fisioterapeuta – CREFITO-3 108.159F

Colunista do Jornal Digital da Região Oeste

Instagram: @rm_fisiopersonal

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