Artistas plásticos da Granja Viana participam do 9º Anuário de Artes da Luxus Magazine
Quase 14% dos produtos de limpeza à venda no país são clandestinos
© Pixabay
Alerta aos consumidores: uma pesquisa recente da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e Profissional revela que quase 14% dos produtos de limpeza comercializados no Brasil operam na clandestinidade. Esses itens, desprovidos do registro obrigatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), representam um risco significativo para a saúde pública. Em 2023, a informalidade nesse setor girava em torno de 11%, indicando um aumento preocupante no último ano.
A pesquisa aponta que os fabricantes clandestinos detêm uma fatia considerável do mercado, movimentando cerca de R$ 5 bilhões anualmente, em comparação com os R$ 40 bilhões faturados pela indústria formal. A comercialização irregular muitas vezes envolve o uso de embalagens inadequadas, como garrafas PET, aumentando o risco de intoxicação durante o manuseio.
O estudo também revela que 8% dos brasileiros adquirem produtos de limpeza no comércio ambulante. O perfil predominante desses consumidores é composto por homens entre 18 e 24 anos, solteiros, pertencentes às classes sociais mais baixas e residentes na região Sudeste.
Nathalia Ueno, presidente da Abralimp, enfatiza os perigos da informalidade para a saúde e detalha as possíveis sanções: “Existe um risco de intoxicações, queimaduras químicas, danos aos equipamentos e também às superfícies, fora a contaminação cruzada, que isso pode levar à interdição do local pela Vigilância Sanitária. Além disso, também tem a responsabilidade, que pode ser compartilhada. Que é a de quem fabrica, de quem está distribuindo esses produtos ou, até mesmo, de quem está utilizando esses produtos sem registro. Pode levar advertência, multa e também a apreensão desses produtos.”
Além da concorrência desleal, a presidente da Abralimp ressalta que o mercado clandestino de produtos e serviços eleva os riscos sanitários, podendo gerar problemas que vão além da simples ineficácia na limpeza. “Esses produtos não têm nenhuma garantia de composição. Eles podem conter solventes proibidos e causar alergias, irritações respiratórias e intoxicação, levando essas pessoas ao hospital. E isso pode trazer a falsa sensação de economia no bolso”, alerta Nathalia Ueno.
A pesquisa também investigou a informalidade no âmbito empresarial. Ao somar as compras formais e informais realizadas pelos mesmos estabelecimentos, o índice de informalidade atinge 20% este ano, um aumento em relação aos 18% registrados em 2023. O desinfetante hospitalar lidera a lista de compras informais nas empresas, com 48%. Essa prática é mais comum em empresas da região Nordeste que possuem mais de 50 funcionários.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br