Hoje, (14) tem vacinação antirrábica para cães e gatos em Cotia
Construindo Ponte e Derrubando Muros

Por Selma Cezar
Cada artigo que escrevo, me faz refletir o quanto estamos caminhando para um futuro melhor.
Hoje especificamente quero falar das mulheres, aquelas que vivem às escondidas, muitas vezes sem voz, envergonhadas, cheias de medos e limitações. A mulher em situação de violência doméstica.
Sempre digo nas minhas palestras que Deus não une pessoas, ele une propósitos! Como tudo o que ele faz é perfeito, iniciamos o mês com um treinamento para os servidores da Prefeitura de Santana de Parnaíba, feito pela Dra. Cândida Ferreira, mais uma mulher com um lindo propósito. Foi um dia de muito conhecimento, saí de lá mais determinada a diminuir a violência contra mulheres e crianças, e principalmente de zerar o feminicídio em Santana de Parnaíba.
Já estamos trabalhando para que isso aconteça o quanto antes. Como toda boa notícia precisa ser compartilhada, fizemos também o Fórum da Mulher Parnaibana, e lá compartilhamos os mesmos conhecimentos com as munícipes. Com a presença de vários profissionais da área, as participantes foram ouvidas e várias dúvidas foram sanadas.
Apesar de estarmos no século 21, a violência doméstica ainda traz dados preocupantes. Muitas mulheres ainda estão presas nesse ciclo, e pode ter certeza que eu vou lutar com todas as minhas forças para que esse ciclo seja quebrado! É um padrão repetitivo de comportamento, que vem desde os primórdios. Quem nunca se indignou com aquela imagem do homem da caverna arrastando uma mulher pelo cabelo? Eu fico horrorizada!
Uma das situações que mantém a mulher dentro de um relacionamento abusivo é a dependência financeira, por isso como Presidente do Fundo Social, atendo as primeiras necessidades dessas mulheres. Em seguida, como secretária da mulher e da família, apresento tudo que temos disponível em nossa Secretaria da Mulher e da Família, incluindo também todos serviços da rede municipal, tudo isso para que essa mulher seja tratada de forma sistêmica.
Emprego, vaga na creche, aluguel social, consulta médica, curso, são algumas das prioridades que a mulher nessa situação tem, mas o maior desafio é encontrar essa mulher.
Muitas não têm forças para sair sozinha dessa situação, pois já perderam a identidade e não acreditam ser capazes de viver uma vida melhor, por isso conto com você leitor, se houver vestígios de violência DENUNCIE!
É válido dizer que não adianta tratar só a mulher, precisamos tratar a família toda, pois somente o divórcio não quebra o ciclo, o agressor só troca de vítima e a mulher muitas vezes, só troca de agressor.
Para haver uma mudança de mentalidade, precisamos tratar também o agressor, pois a maioria deles vieram de um contexto violento, onde sofriam e presenciaram a violência dentro dos seus próprios lares. E quanto os filhos da violência? Eles também serão prioridades, pois um ciclo só pode ser quebrado se mudarmos a visão da próxima geração.
Chegou o momento de derrubarmos os muros e criarmos as pontes, afinal as famílias são prioridades e trataremos cada uma em sua individualidade. Já estamos em movimento para que isso aconteça, e vocês verão com seus próprios olhos, nossas famílias e sociedade em expansão de mentalidade, onde o amor e o respeito entre as pessoas ganharão força!