Todo dia é dia de combater a violência contra a Mulher

 Todo dia é dia de combater a violência contra a Mulher
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Por Elsa Oliveira

 

Celebramos hoje o Dia Internacional pelo Fim da Violência contra a Mulher, escolhido para homenagear as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, assassinadas em 25 de novembro de 1960.

A data vem sendo promovida pela ONU, pela Secretaria Nacional dos Direitos Humanos e pelo Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome, ganhando força e sendo fonte de divulgação para o disque 180, que atende casos de denúncias de violência contra a mulher.

Inegavelmente, é uma homenagem justa, apesar de triste, e importante para reforçar na sociedade os debates que giram em torno do tema, mas é preciso que essa luta seja travada todos os dias. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), cerca de 17 milhões de mulheres sofreram violência física, psicológica ou sexual no último ano. O mesmo levantamento indicou que o índice de violência praticada na rua diminuiu, mas que aumentaram as agressões dentro de casa. O “vizinho”, que em 2019 ficou em 2º lugar como autor das agressões (21%), em 2020 sumiu das respostas. Em seu lugar apareceram pai, mãe, irmão, irmã, e outras pessoas do convívio familiar.

O perfil da vítima também foi traçado no estudo. 35% delas são divorciadas, 28% pretas, e a maioria são as mais jovens, até 24 anos. E mesmo com as medidas de restrição impostas para conter a pandemia de Covid-19, 37,9% das brasileiras sofreram algum tipo de assédio sexual.

Iniciada em 25 de novembro de 1991, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher, a Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres propôs os 16 Dias de Ativismo contra a Violência contra as Mulheres, período que vai de 25 de novembro até 10 de dezembro, quando se comemora o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. E nós também vamos debater o assunto. A Câmara de vereadores foi palco do lançamento desta campanha em Osasco, com a presença da Secretária Executiva de Políticas Públicas para Mulheres e Promoção da Diversidade, Mônica Veloso, e que vai promover um conjunto de ações estratégicas com o objetivo de convocar a sociedade para assumir esse compromisso societário.

Vamos em frente. Não dá para lutar pelo empoderamento feminino, e defender que o lugar de mulher é onde ela quiser, sem um olhar minucioso sobre a questão da violência que sofremos, todos os dias. Uma coisa está intimamente ligada a outra. Basta de preconceito, de desigualdade e de opressão. Basta de violência!

 

 

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