Ministras acompanham impacto de operação policial em comunidades do rio

 Ministras acompanham impacto de operação policial em comunidades do rio

© Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Ministras do governo federal estiveram no Rio de Janeiro nesta quinta-feira para acompanhar os desdobramentos da operação policial ocorrida nos complexos da Penha e do Alemão. A ação, realizada na última terça-feira, resultou em um alto número de mortos.

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, e Macaé Evaristo, ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, participaram de um encontro com parlamentares federais e estaduais na Central Única das Favelas (Cufa), localizada no Complexo da Penha. O objetivo da reunião foi avaliar a situação e buscar soluções para as demandas da população local.

Macaé Evaristo classificou a operação como um “fracasso” e anunciou a criação de uma perícia independente para investigar as circunstâncias das mortes. A ministra defendeu que o combate ao crime organizado deve focar nas fontes de financiamento, e não apenas nas operações ostensivas.

“Essa operação foi um fracasso. É inadmissível uma operação para combate ao crime organizado, que é o que nós defendemos, não usar inteligência para garantir a sua efetividade. Ninguém tem o objetivo de matar pessoas. Se a gente quer combater o crime organizado, nós temos que começar de cima, nós temos que começar asfixiando, pegando onde é que tá o dinheiro. Porque, se tem crime organizado, tem setores e segmentos que estão lucrando com esse crime organizado”, enfatizou a ministra.

Anielle Franco também criticou a letalidade da ação policial. “Nenhum corpo tombado, nenhum, nenhum, mereça ser tombado como o que a gente tem assistido aqui e tem vivenciado nos últimos dias. Então, o nosso papel aqui é fazer com que os nossos ministérios e outros ministérios também, pela liderança do presidente Lula, junto com os parlamentares, para que a gente possa, de fato, chegar em quem mais precisa”, declarou.

Durante o encontro, representantes da comunidade apresentaram diversas demandas, incluindo a necessidade de atendimento psicossocial, melhorias nos serviços públicos e alternativas de trabalho para os jovens. Em resposta, a ministra Macaé Evaristo anunciou a criação de uma comissão emergencial, com a participação de diversos ministérios, para atender às reivindicações da população. A comissão terá como objetivo articular ações integradas para promover o desenvolvimento social e econômico das comunidades afetadas.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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