Brasil aguarda resposta dos eua sobre acordo comercial pendente
Azeite, sal e chá têm venda suspensa pela anvisa; entenda os motivos
© Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a apreensão e proibição da comercialização, distribuição, fabricação, importação, divulgação e consumo do azeite extra virgem Ouro Negro. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (20), após denúncias sobre a origem desconhecida do produto, que também foi desclassificado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A embalagem do azeite indica que a importação é realizada pela Intralogística Distribuidora Concept Ltda., empresa com Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) suspenso na Receita Federal.
Além do azeite, a Anvisa suspendeu a comercialização de 13 lotes do sal do himalaia moído de 500g da marca Kinino, com validade até março de 2027. A decisão ocorreu após recolhimento voluntário da fabricante, H.L. do Brasil Indústria e Comércio, motivado por análises do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, que detectaram níveis de iodo abaixo do permitido nas amostras. A iodação do sal é uma exigência sanitária no Brasil, visando prevenir problemas de saúde como distúrbios na tireoide e complicações no desenvolvimento fetal, causados pela deficiência de iodo.
Outro produto atingido pela fiscalização da Anvisa foi o “chá do milagre” (também conhecido como “Pó do Milagre” ou “Pozinho do Milagre”), cuja venda e distribuição foram proibidas. A medida foi tomada devido à composição e classificação desconhecidas do produto. Adicionalmente, a Anvisa identificou que o chá estava sendo divulgado em redes sociais como Facebook e Instagram com alegações de finalidade medicinal. A divulgação associava o uso do produto a diversos benefícios terapêuticos, incluindo emagrecimento, tratamento de ansiedade e insônia, prevenção de câncer e até mesmo como estimulante sexual. A Anvisa ressalta que essa prática é irregular para alimentos e chás, que não podem ser promovidos com propriedades medicinais sem a devida comprovação e autorização.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br