Agenda Cultural: Mostras culturais embalam o final de semana.

 Agenda Cultural: Mostras culturais embalam o final de semana.
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Chegou o tão esperado final de semana, você está morrendo de vontade de aproveitar para fazer algo legal e descansar do stress do trabalho, mas não sabe que passeio escolher em São Paulo?

Vamos te ajudar, selecionamos 4 opções culturais para curtir na cidade:

 

Itaú Cultural celebra a diversidade na mostra “Todos os Gêneros”:

O evento online e gratuito reflete sobre gênero e sexualidade em conversas, shows e performances.

A mostra “Todos os Gêneros” trata da sexualidade e dos diferentes corpos em uma programação incrível.  São dez dias de atividades com artistas como a cantora Jup do Bairro, a drag queen PCD (Pessoa com Deficiência) Lee Brandão, e uma trupe circense formada por pessoas transgêneras, travestis e não-binárias.

Corporalidade, gênero e sexualidade são os elementos que conduzem a 8ª edição do projeto “Todos os Gêneros: Mostra de Arte e Diversidade”. “As Poéticas por Encomenda” é o nome da grande mostra artística desta edição de “Todos os Gêneros”.

A cantora Jup do Bairro apresenta o EP “Corpo Sem Juízo” (2020), seu trabalho de estreia na carreira solo.  A partir de canções escritas desde 2007, o EP provoca reflexões e questionamentos sobre corporalidades e suas intenções. Jup potencializou suas letras no encontro do rap com o funk, o rock, a música eletrônica e o indie. O EP foi sucesso de público e crítica, rendendo para Jup os prêmios Multishow e APCA na categoria de Revelação do Ano no mesmo ano.

Já a cantora travesti pernambucana Aivan lança “Anônima”, seu novo EP. Seu primeiro e único disco, lançado há trinta anos, é de quando Aivan ainda usava um artigo masculino antes do seu nome.

Em trinta anos muitas coisas mudaram na vida da cantora, menos seu timbre e o gosto musical. Aivan canta a própria vida em canções que não foram escritas por ela, mas fazem todo o sentido para a cantora.

Lee Brandão, primeira drag queen PCD do Distrito Federal, apresenta três músicas: dubla a letra de “Não Recomendado”, que questiona o limite dos corpos; canta “Beautiful”, eternizada por Christina Aguilera, que fala como todos são bonitos à sua maneira; e faz um cover de “Indestrutível”, sucesso de Pabllo Vittar, que reafirma que os LGBTs não vão se esconder.

A mostra “Há o que é” exibe o trabalho do artista urbano Beré Magalhães. Para a mostra “Cena Comentada”, quatro coletivos foram convidados a revisitar suas obras e reconstruir cenas. As apresentações são sempre seguidas de conversas com os elencos.

Um dos destaques acontece no domingo, dia 8, às 19h. A trupe Fundo Mundo e o Coletivo Acuenda apresentam suas narrativas. A companhia circense Fundo Mundo é formada exclusivamente por pessoas transgêneras, travestis e não-binárias. O espetáculo de circo “Sui Generis” aborda temáticas do universo da transgeneridade de forma ácida, provocativa e bem-humorada, em números de acrobacias aéreas, bambolê, malabarismo, palhaçaria e poesia.

O Coletivo Acuenda apresenta “Periferida”, em que duas narrativas paralelas tratam de temas sensíveis ao mundo LGBT. São elas: Pedro, um menino gay que na adolescência se torna a drag queen Pipa; e Samantha, uma menina trans, que embora registrada no gênero masculino, se vê no gênero feminino.

Em paralelo à programação fixa de “Todos os Gêneros” há ainda uma série de atividades em apresentações únicas, entre prosas, oficina, exibição de filme e cenas encomendadas. As atrações ficam disponíveis online durante todo o tempo do evento.

Serviço:  04 á 13 de agosto

Os ingressos dessas atividades são gratuitos

Diariamente no site do Itaú Cultural.

 

Entre no clima das Olimpíadas com a nova atração da Japan House:

Ao visitar o  “Lounge Esportivo: Tokyo 2020” descobrimos curiosidades fascinantes sobre os jogos deste ano e tudo sobre as Olimpíadas e os jogos Paralímpico. Uma série de informações sobre a organização das competições no Japão e até curiosidades a respeito da inserção de novas modalidades, como surfe e skate, e a volta do beisebol e do softbol.

Aliás, você sabia que o karatê, arte marcial surgida no século 15, em Okinawa, participa dos Jogos Olímpicos exclusivamente nesta edição? Inclusive, essas modalidades contam com um espaço repleto de projeções mapeadas e monitores de TV que mostram os principais movimentos, manobras e golpes para os visitantes. E, para quem quiser mergulhar ainda mais nesses universos, ainda estão disponíveis vários conteúdos relevantes sobre as regras, a história e as peculiaridades desses esportes.

Outro ponto interessante do “Lounge Esportivo: Tokyo 2020” é uma seção dedicada ao pioneirismo japonês nos Jogos de Tóquio de 1964, quando a nação usou o design como uma importante ferramenta da comunicação. Na ocasião, foram criados vários símbolos (pictogramas) para representar cada esporte. E, nessa edição das Olimpíadas, o Japão inova novamente, com pictogramas animados.

A iniciativa da Japan House também inclui uma área voltada aos esportes paralímpicos. Lá ficam expostos alguns equipamentos utilizados pelos atletas para a prática de atividades como goalball e bocha, exclusivas dos Jogos Paralímpicos, além de rugby, basquete e tênis, disputados em cadeira de rodas.

Sem contar que todos são recepcionados pelas mascotes Miraitowa, cujo nome significa futuro e eternidade, e Someity, palavra em alusão à uma popular variedade de cerejeira do Japão e aos que possuem um incrível poder mental e força física.

 

Projeto Criadores na Japan House:

No projeto “Criadores”, que pode ser acompanhado tanto da Sala de Seminários (2º andar da Japan House) quanto pelas redes sociais da instituição, é possível assistir aos depoimentos de grandes especialistas nas áreas de ciência, esportes, criatividade, tecnologia e arquitetura.

Participam da iniciativa personalidades japonesas como Kengo Kuma, arquiteto que assina o projeto da Japan House São Paulo e do Estádio Olímpico Nacional de Tokyo 2020; Kota Iguchi, motion designer e um dos responsáveis por desenvolver os movimentos animados dos pictogramas; e Naoki Sato, músico que compôs a canção da cerimônia de premiação do evento.

 

Serviço: 20 Julho á 12 de setembro

De terça á domingo, das 11h ás 17h

Entrada gratuita

Japan House

Av. Paulista, 52 – Bela Vista, São Paulo

 

Museu da Língua Portuguesa reabre com a mostra “Língua Solta”:

Um dos lugares mais importantes da cidade volta a receber público. Após enfrentar um incêndio e uma longa reforma, o Museu da Língua Portuguesa reabre com a exposição “Língua Solta”. Na mostra, a língua portuguesa serve de inspiração para 180 obras.

Fabiana Moraes e Moacir dos Anjos são os curadores da mostra, composta por objetos de arte popular e obras de arte contemporânea que fixam seus significados no uso da palavra.

Instalada na histórica Estação da Luz, a instituição é considerada um dos primeiros museus dedicados a apenas um idioma no mundo. O espaço celebra a língua como um elemento fundador da cultura brasileira. A interatividade e as exposições em ambientes imersivos são os pontos altos desse local incrível.

A exposição não está organizada de forma linear, mas sim de uma maneira que instigue o público com ideias, formas e palavras. Os curadores conectam língua portuguesa e arte à política, à vida em sociedade, às práticas do cotidiano e às formas de protesto, de religião e de sobrevivência. Ao todo, 180 peças compõem a mostra “Língua Solta”, em que cartazes de rua, cordéis, brinquedos, revestimentos de muros e rótulos de cachaça se misturam às obras de Mira Schendel, Leonilson, Rosângela Rennó, Jac Leirner, Emmanuel Nassar, entre outros artistas contemporâneos.

Logo no início do percurso pela exposição “Língua Solta”, lê-se a frase “Eu preciso de palavras escritas” no manto bordado por Arthur Bispo do Rosário. Em outra sala estão quatro estandartes de maracatu rural, trazidos de Pernambuco para a mostra.

O mural “Zé Carioca e amigos (Como almoçar de graça)”, da artista Rivane Neuenschwander, convida o público à criatividade, permitindo a todos escreverem e desenharem em giz. É como criar uma história em quadrinhos coletiva. Os curadores destacam ainda a obra da escritora Maria de Lourdes, que vende livros artesanais datilografados por ela mesma, a menos de R$ 1,00.

O Museu da Língua Portuguesa apresenta também uma exposição de longa duração com experiências inéditas, como “Falares”, que traz os diferentes sotaques e expressões do Brasil; e “Nós da Língua Portuguesa”, que aborda a diversidade cultural da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

As principais experiências que marcaram os quase 10 anos do Museu (2006 a 2015) retornam para a alegria do público cativo e dos novos frequentadores. É o caso da “Praça da Língua”, homenagem à língua portuguesa escrita, falada e cantada em um espetáculo de som e luz.

 

Serviço:  31 de julho e 1º de outubro

De Terça a domingo, das 9:00h às 16:30h

Os ingressos podem ser adquiridos no site do museu

Museu da Língua Portuguesa

Praça da Luz, S/N – Portão 1 – Centro, São Paulo

 

 

Pinacoteca traz a mostra: “John Graz: idílio tropical e moderno” :

Exposição na Pina celebra trajetória do pintor modernista John Graz, suíço radicado no Brasil, o artista marcou a Semana de Arte Moderna de 1922, um dos eventos mais importantes para a nossa cultura.

 

Considerado dos protagonistas da Semana de Arte Moderna de 1922, o pintor suíço John Graz (1891-1980) ganha uma exposição incrível e gratuita na Estação Pinacoteca, com direito a 155  itens, entre pinturas, fotografias e outros objetos. Com curadoria de Fernanda Pitta e Thierry Freitas, a exposição revisita a trajetória desse grande pintor, que também trabalhou como decorador, escultor e artista gráfico.

 

Nas obras expostas, é possível ver representações de povos indígenas; paisagens naturais; festividades, como o carnaval e manifestações populares gaúchas; trabalhadores brasileiros, como os jangadeiros; além de narrativas históricas, como as que retratam a invasão portuguesa no Brasil.

 

Também dá para conferir uma seção inteira dedicada às obras abstratas e aos estudos do artista sobre design moderno, arquitetura e decoração. É possível, inclusive, ver fotos dos ambientes idealizados por ele. A ideia da exposição é refletir a visão particular do artista suíço sobre o Brasil, afinal John Graz dedicou-se à criação de um imaginário moderno e tropical em seus trabalhos.

 

Radicado no Brasil desde 1920, Graz teve formação multidisciplinar na Europa. Em São Paulo, projetou espaços residenciais, abrangendo desde a criação de luminárias à ornamentação de salas de jantar e jardins. Antes do fascínio por retratar temas brasileiros, ele pintava afrescos com motes pastoris, como cenas de caçadas e musas.

 

Serviço:  31 de Julho á 31 de janeiro de 2022

De Segunda á Domingo

Das 10h às 18h (as reservas de ingressos acontecem somente online)

Estação Pinacoteca

Largo General Osório, 66 – Centro, São Paulo

 

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