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Santana de Parnaíba fornece sensor para monitorar glicose e inova o tratamento para alunos com diabetes

Fotos: Divulgação / SECOM Santana de Parnaíba
Iniciativa da prefeitura marca o início de um programa pioneiro em toda a região; serão beneficiadas crianças e adolescentes com idades entre 4 e 17 anos
Considerado uma alternativa menos invasiva do que os métodos tradicionais, o sensor é um dispositivo que monitora os níveis de glicose no sangue. Aplicado sob a pele e com a durabilidade de 14 dias, ele fornece informações sobre o controle do diabetes 24h por dia, o que permite o monitoramento contínuo dos níveis de glicose.
“Os dedinhos da Milena ficavam constantemente doloridos de tanto furar. Agora melhorou muito, ela tem mais autonomia, leva uma vida normal tanto na escola quanto nas aulas de balé, e a família toda vive com mais tranquilidade”, revelou Vanilda Costa Silva, mãe da paciente Milena.
Ao entregar o sensor, o principal objetivo da prefeitura é disponibilizar para os munícipes uma tecnologia avançada de automonitoramento e melhoria da qualidade de vida. “O sensor de monitoramento contínuo da glicemia traz maior facilidade e menos desconforto ao paciente portador de diabetes mellitus, ou com necessidades de controle glicêmico minucioso, por verificar a glicemia de forma contínua e armazenar os dados dia e noite”, explica o Núcleo de Planejamento e Monitoramento em Saúde da prefeitura.
Funcionamento
Do tamanho de uma moeda de um real, o sensor digital, que é resistente à água, é aplicado na parte posterior superior do braço. Ao passar o leitor pelo dispositivo (pode ser via aplicativo de celular), o paciente terá o histórico glicêmico, uma seta apontando se a glicose está subindo, baixando ou mudando lentamente. As informações sobem na nuvem e ficam disponíveis para acesso por parte do médico e do responsável da família.
O Projeto de Monitoramento Contínuo da Glicose conta atualmente com 22 cadastrados. Ao longo do tratamento, eles passam por consultas e acompanhamentos com equipe multiprofissional (endocrinologista, nutricionista, enfermeiro, farmacêutico, psicólogo); contam com acesso aos medicamentos e insumos para diabetes nas farmácias municipais, e participam de aula sobre “Educação em Diabetes”.
De acordo com o Núcleo de Planejamento e Monitoramento em Saúde, o objetivo final deste protocolo é que todos os pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e insulinodependentes, acompanhados pela rede municipal de saúde, e que se enquadrem nos critérios de inclusão do projeto, sejam contemplados e monitorados com os sensores. A gestão do programa está sob o comando da equipe multiprofissional de coordenadores da Saúde e do secretário Dr. José Carlos Misorelli.
Para ser contemplado com um sensor, é preciso estar com o cadastro homologado no município, enquadrar-se nos critérios de inclusão do protocolo, possuir idade entre 4 até 17 anos, 11 meses e 29 dias e apresentar indicação médica expressa e prescrita para uso do medidor. Visando facilitar o acesso, os sensores do projeto de Santana de Parnaíba, que é inédito em toda a região, são dispensados em todas as farmácias básicas das UBSs e USAs do município.
Alerta para a doença
Segundo a SBC, mais de 13 milhões de pessoas vivem com diabetes no Brasil, o que representa cerca de 7% da população. Já a International Diabetes Federation, entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), revela que no mundo há mais de 380 milhões de pessoas com a doença, sendo a maioria dos casos associada a condições como obesidade e sedentarismo.
Dados do Ministério da Saúde apontam o Brasil como o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos), perdendo apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A estimativa da incidência da doença em 2030 chega a 21,5 milhões. Esses dados estão no Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF).