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Por mais segurança, Vereadora Elsa Oliveira solicita permissão para que mulheres sejam acompanhadas em procedimentos que necessitem de sedação
A vereadora Elsa Oliveira (Podemos) encaminhou ao Poder Executivo indicação pedindo que a rede pública de saúde permita que mulheres que precisem de sedação para realizarem algum procedimento ou exame estejam acompanhadas. A medida, segunda ela, visa coibir os casos de abuso sexual que algumas mulheres vêm sofrendo por ocasião de estarem semi ou totalmente desacordadas por conta dos sedativos.
A solicitação foi feita por meio da Indicação 122, de janeiro de 2023. “O acompanhante vai proteger tanto o profissional quanto o paciente de possíveis desconfianças ou abusos. Além disso, assegura que haverá testemunhas caso haja abuso ou assédio, resguardando a vítima, no caso de quadro induzido de inconsciência”, explicou Elsa.
No Brasil, uma mulher é estuprada a cada sete minutos. Só em 2022, de acordo com o Fórum de Segurança Pública, foram 75 mil registros de crimes sexuais, o que representa menos de 10% do total de vítimas já que a maior parte delas não denuncia ou não tem a cena registrada por câmeras ou testemunhada. “O estuprador não está só na rua, de madrugada, esperando alguma jovem ser “desovada” na calçada de presente pra ele. O estuprador está entre nós, no transporte coletivo, dentro das nossas casas, nos nossos ciclos sociais e nos hospitais, lugares onde deveríamos nos sentir totalmente seguras, mas não é o que tem acontecido. Não é de hoje que acompanhamos notícias sobre médicos abusadores, então precisamos de iniciativas que nos protejam porque gente covarde tem em todo lugar”, complementou a vereadora.
Além do documento que pede acompanhante para mulheres sedadas em procedimentos de saúde, Elsa Oliveira também encaminhou ao Executivo a Indicação 2145/2023 que trata da Implantação do Abrigo Amigo em pontos de ônibus da cidade de Osasco, uma solução que transforma painéis digitais em mídia inteligente que acompanha a passageira, de forma remota, enquanto ela espera o coletivo. O dispositivo é conectado à internet e prevê microfone, sensor de presença, câmera de monitoramento e botão virtual de pânico, que podem ser acionados, como forma de pedido de ajuda, recebido por uma central preparada para agir em casos de ameaça à segurança dessas mulheres.
“Estamos constantemente pesando em formas de promover a mulher, e isso passa pela sua proteção, por isso apresentamos essas indicações que esperamos serem atendidas. Já conversei com o prefeito Rogério Lins a respeito e ele recebeu as ideias com muito entusiasmo, sinalizando que vai implantá-las o mais rápido possível. Meu mandato está à disposição da mulher osasquensepara que, juntas, possamos pensar em soluções ou em pelos menos estratégias de melhorarmos nossa vida, nossa independência e nossa segurança”, finalizou Elsa.