Novas diretrizes alteram técnicas de desengasgo para todas as idades

 Novas diretrizes alteram técnicas de desengasgo para todas as idades

© American Heart Association/Divulgação

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Entidade Mundial Altera Protocolos de Desengasgo Para Bebês, Crianças e Adultos

Mudanças significativas foram anunciadas nas diretrizes de primeiros socorros, reanimação cardiopulmonar (RCP) e emergências cardiovasculares. O foco principal das alterações está nas técnicas de desengasgo, que agora apresentam uma nova abordagem tanto para bebês e crianças quanto para adultos que estejam conscientes.

Uma das mudanças mais notáveis é a inversão da ordem das manobras. Anteriormente, a recomendação era iniciar imediatamente com as compressões abdominais, conhecidas como manobra de Heimlich. No entanto, o novo protocolo estabelece que, em todas as faixas etárias, as compressões abdominais devem ser precedidas por pancadas nas costas.

Para bebês menores de um ano, a nova orientação consiste em alternar cinco pancadas nas costas com cinco compressões no peito, utilizando a base da palma da mão. Este ciclo deve ser repetido até que o objeto causador do engasgo seja expelido ou até que o bebê perca a consciência. É crucial verificar se o bebê está realmente engasgado, observando sinais como incapacidade de tossir, chorar ou respirar, além de possíveis mudanças na coloração da pele ou flacidez.

A técnica correta envolve posicionar o bebê de bruços sobre o antebraço, com a cabeça mais baixa que o corpo, e aplicar cinco pancadas firmes entre as escápulas. Em seguida, o bebê deve ser virado de barriga para cima, e cinco compressões torácicas devem ser realizadas no centro do peito com a base da palma da mão.

Em casos de desmaio, a recomendação é iniciar imediatamente a reanimação (RCP), administrando 30 compressões no peito com os dois polegares, seguidas de duas ventilações. É importante ressaltar que não se deve tentar remover o objeto da boca do bebê com os dedos, a menos que ele esteja visível.

Para crianças maiores de um ano e adultos, o protocolo também foi atualizado. O primeiro passo é identificar sinais de obstrução total das vias aéreas, como ausência de tosse, som ou respiração. Em seguida, a pessoa deve se posicionar atrás da vítima, inclinando-a levemente para frente, e aplicar cinco pancadas firmes nas costas com o calcanhar da mão.

Se o objeto não for expelido, o profissional deve realizar cinco compressões abdominais (manobra de Heimlich). Para isso, deve-se fechar uma das mãos em punho e posicioná-la acima do umbigo e abaixo do osso do peito, segurando o punho com a outra mão e aplicando compressões fortes para dentro e para cima. As pancadas nas costas e as compressões abdominais devem ser alternadas até que o objeto seja expelido ou a pessoa desmaie.

Caso a vítima perca a consciência, é fundamental deitá-la e iniciar as compressões torácicas no ritmo da RCP tradicional, que varia entre 100 e 120 compressões por minuto.

As novas diretrizes serão publicadas em breve, visando ampla divulgação e treinamento da população em geral.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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