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Israel restabelece cessar-fogo após ataques intensos na faixa de gaza
© Reuters/Dawoud Abu Alkas/Proibida reprodução
Após uma série de ataques aéreos que atingiram diversos alvos, as Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram o restabelecimento do cessar-fogo na Faixa de Gaza nesta quarta-feira. Segundo comunicado emitido pelos militares, a decisão foi tomada após orientação do governo e em resposta a violações do Hamas.
O Exército israelense afirma ter atingido “dezenas de alvos” e “neutralizado terroristas” durante a operação. As autoridades israelenses declararam que suas forças atacaram “30 terroristas que ocupavam posições de comando em organizações” atuantes dentro do território palestino. A nota oficial das FDI ressalta que, embora o acordo de cessar-fogo seja respeitado, qualquer futura violação será respondida com firmeza.
Fontes médicas e da Defesa Civil da Faixa de Gaza reportaram que pelo menos 91 palestinos, incluindo 24 crianças e sete mulheres, morreram em decorrência dos bombardeios israelenses entre a tarde da terça-feira e esta quarta-feira. A onda de ataques se intensificou após ordem do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que acusou o Hamas de violar o cessar-fogo que estava em vigor por mais de duas semanas.
Netanyahu determinou ao Exército a realização de “ataques contundentes na Faixa de Gaza”, após uma reunião do Gabinete de Segurança. A convocação da reunião ocorreu após o Hamas ter devolvido a Israel os restos mortais de um refém, identificados posteriormente como pertencentes a um prisioneiro cujo corpo já havia sido recuperado em 2023.
O Ministro da Defesa israelense acusou o Hamas por um ataque no sul de Gaza, que resultou na morte de um soldado israelense na terça-feira, e de violar os termos relativos à devolução dos corpos dos reféns mortos. Em contrapartida, o Hamas negou qualquer envolvimento no ataque e reiterou seu compromisso com o acordo de cessar-fogo, classificando as acusações como “alegações infundadas” e acusando Israel de “tentar fabricar falsos pretextos em preparação para novas medidas agressivas”.
Os ataques israelenses foram realizados em resposta ao que o governo considera violações do acordo de cessar-fogo, que teve mediação dos Estados Unidos. Colunas de fumaça foram vistas em várias áreas da Faixa de Gaza nesta quarta-feira. O presidente dos EUA, Donald Trump, assegurou que “nada” colocaria em risco o acordo de cessar-fogo em vigor desde 10 de outubro, que teve sua intermediação entre Israel e o Hamas.
Relatos da Defesa Civil indicam que pelo menos 50 pessoas, incluindo 22 crianças, foram mortas em ataques israelenses no território. Os ataques atingiram residências, escolas e edifícios na Cidade de Gaza e Beit Lahia, no norte do enclave, assim como em Bureij e Nuseirat, na região central, e em Khan Younis, no sul. Equipes de resgate da Defesa Civil relatam trabalhar em “condições extremamente difíceis” e temem que o número de mortos possa aumentar, com a possibilidade de pessoas estarem presas sob os escombros.
O acordo de cessar-fogo, mediado pelos EUA, Egito, Catar e Turquia, visava implementar a primeira fase de um plano de paz de 20 pontos para Gaza.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br