Entenda como a teoria de resposta ao item (tri) define a nota do enem

 Entenda como a teoria de resposta ao item (tri) define a nota do enem

© Paulo Pinto/Agência Brasil

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Mais de 4,8 milhões de candidatos se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025, com as primeiras provas marcadas para o próximo domingo, dia 9. Os participantes enfrentarão uma maratona de 90 questões de múltipla escolha, além da redação, em um período de 5 horas e 30 minutos.

Para obter um bom desempenho, os candidatos precisarão demonstrar habilidades que vão além do conhecimento em áreas como interpretação de textos, gramática, literatura, história, geografia, filosofia, sociologia e língua estrangeira. O gerenciamento eficiente do tempo disponível é crucial para responder a todas as questões.

O professor de história Glauco Pinheiro, recomenda que os estudantes iniciem a prova pela leitura do tema da redação, dedicando entre uma hora e uma hora e meia para a elaboração do texto antes de se dedicarem às questões objetivas. Ele também enfatiza a importância de não deixar questões sem resposta, para não prejudicar o cálculo da nota, que utiliza a metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI).

A TRI avalia a coerência pedagógica das respostas, em vez da simples contagem de acertos. “A prova do Enem exige muita coerência pedagógica para se sair bem. A Teoria de Resposta ao Item, que chamamos de TRI, não vai adotar a quantidade de acertos que o candidato vai conseguir. E sim, sua coerência no Cartão-Resposta”, explica Pinheiro.

Essa recomendação se estende ao segundo dia de provas, em 16 de novembro, quando os candidatos serão avaliados em matemática, biologia, química e física, com foco em raciocínio lógico e aplicação de fórmulas.

Diferentemente de outros exames, o Enem não utiliza pesos diferentes para cada questão. A TRI considera a coerência das respostas corretas do participante e identifica a consistência da resposta, com base no grau de dificuldade de cada questão. A metodologia parte do princípio de que um participante que acerta questões difíceis também deve acertar as fáceis, refletindo uma aquisição de conhecimento de forma cumulativa.

Cada item da prova considera três parâmetros no cálculo da nota: o poder de discriminação (capacidade da questão de diferenciar candidatos com e sem domínio da habilidade avaliada), o grau de dificuldade (quanto mais difícil a questão, maior seu valor) e a probabilidade de acerto casual (“chute”).

A nota final não se baseia apenas na quantidade de acertos e erros. Candidatos com o mesmo número de acertos podem ter notas diferentes, dependendo de quais questões foram acertadas ou erradas. Um número maior de acertos geralmente corresponde a uma nota mais alta, e vice-versa.

Embora não seja recomendável, acertar uma questão por “chute” não diminui a nota, mas o acerto não terá o mesmo valor de uma resposta coerente com o conhecimento do participante. Deixar uma questão em branco é sempre considerado um erro, sendo preferível arriscar uma resposta.

As notas mínimas e máximas variam a cada edição do Enem, dependendo das questões da prova. As notas mínimas e máximas das provas objetivas por área de conhecimento serão divulgadas quando os resultados forem publicados.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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