Trump expressa otimismo após conversa com lula sobre comércio e sanções

 Trump expressa otimismo após conversa com lula sobre comércio e sanções

© Ricardo Stuckert/PR

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O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou sobre sua recente conversa telefônica com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, indicando um tom promissor para as relações bilaterais. O diálogo entre os dois líderes abordou temas cruciais como comércio e sanções, com Trump referindo-se especificamente às sanções que sua administração impôs ao Judiciário brasileiro em relação ao processo criminal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em declarações a repórteres na Casa Branca, Trump descreveu a conversa como “ótima”, ressaltando que ele e Lula discutiram questões comerciais e as próprias sanções, justificando-as por “certas coisas que aconteceram”.

Adicionalmente, Trump manifestou seu entusiasmo em encontrar e conversar com Lula em breve, compartilhando nas redes sociais a expectativa de que “muita coisa boa resultará desta parceria recém-formada!”.

A Presidência da República informou que Lula, durante o mesmo telefonema, expressou o desejo de acelerar as negociações para a remoção da sobretaxa de 40% imposta pelo governo norte-americano a determinados produtos brasileiros.

Além das questões tarifárias, Lula e Trump também abordaram a cooperação no combate ao crime organizado. O Palácio do Planalto classificou a conversa entre os líderes como “muito produtiva”, com duração de 40 minutos.

No mês anterior, os Estados Unidos anunciaram a retirada de 238 produtos da lista de tarifas, incluindo itens como café, chá, frutas tropicais, cacau, banana, laranja, tomate e carne bovina. No entanto, 22% das exportações brasileiras para os Estados Unidos ainda permanecem sujeitas às sobretaxas, um percentual menor do que os 36% iniciais.

Lula reconheceu a decisão do governo estadunidense como um passo positivo, mas enfatizou a necessidade de discutir outros produtos ainda sujeitos a tarifas.

O “tarifaço” imposto ao Brasil é parte da política da Casa Branca de elevar tarifas contra parceiros comerciais. Em abril, foram impostas barreiras alfandegárias com base no déficit dos Estados Unidos com cada nação, resultando em uma taxa de 10% para o Brasil. Posteriormente, alguns produtos agrícolas brasileiros foram isentos dessas tarifas. Em agosto, entrou em vigor uma tarifa adicional de 40%, em retaliação a decisões que prejudicariam as “big techs” estadunidenses e em resposta ao julgamento de Bolsonaro.

As recentes decisões dos EUA foram influenciadas pelo diálogo entre Trump e Lula, incluindo um encontro na Malásia e subsequentes negociações entre as equipes dos dois países. O Brasil busca avançar nas negociações para retirar mais produtos da lista de itens tarifados, priorizando os produtos industriais.

Temas não tarifários também estão em discussão, incluindo terras raras, “big techs”, energia renovável e o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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