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Lula defende autonomia da venezuela contra palpites externos
© Murilo Nascimento/PC do B
Em um discurso contundente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a soberania da Venezuela e de Cuba, em um momento de crescente tensão devido à pressão exercida pelos Estados Unidos contra o governo de Nicolás Maduro. Sem mencionar diretamente o então presidente americano Donald Trump, Lula enfatizou que nenhum líder estrangeiro tem o direito de interferir nos destinos desses países.
“Todo mundo diz que a gente vai transformar o Brasil na Venezuela. O Brasil nunca vai ser a Venezuela, e a Venezuela nunca vai ser o Brasil, cada um será ele [próprio]. O que defendemos é que o povo venezuelano é dono do seu destino, e não é nenhum presidente de outro país que tem que dar palpite de como vai ser a Venezuela ou vai ser Cuba”, declarou Lula durante um evento em Brasília.
A manifestação do presidente brasileiro ocorreu um dia após a confirmação de que a CIA estaria autorizada a conduzir operações secretas na Venezuela, uma ação vista como uma violação do direito internacional e da Carta da ONU.
Além da situação na Venezuela, Lula também criticou a permanência de Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo. “O que nós dizemos publicamente é que Cuba não é um país de exportação de terroristas. Cuba é um exemplo de povo e dignidade”, afirmou.
Os Estados Unidos mantêm há décadas um embargo econômico e financeiro contra Cuba, afetando empresas e embarcações que comercializam com a ilha. As medidas foram intensificadas com o novo governo, incluindo ameaças a países que contratam serviços médicos cubanos, uma importante fonte de receita para o país, que enfrenta uma crise econômica.
A Venezuela também tem sido alvo de intensa pressão. Desde agosto, os EUA mobilizaram milhares de militares, navios de guerra e aviões para o Caribe, sob a alegação de combater o tráfico de drogas. O governo venezuelano denuncia que essas ações visam a “mudança de regime” e prometeu levar o caso ao Conselho de Segurança da ONU.
Especialistas em política internacional apontam que o interesse dos Estados Unidos na Venezuela é de ordem geopolítica, dada a vasta reserva de petróleo do país. Analistas alertam que a postura de Washington pode abrir precedentes perigosos para intervenções em outros países da região, relembrando o histórico de apoio a ditaduras militares durante a Guerra Fria.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br