Exposição Afeto celebra a potência da ancestralidade africana em Barueri

 Exposição Afeto celebra a potência da ancestralidade africana em Barueri

Crédito da foto: Jaqueline Duarte/Secom

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A Secretaria de Cultura e Turismo de Barueri (Secult), em celebração do mês da Consciência Negra (dia 21 de novembro é o Dia da Consciência Negra), promove até dia 3 de dezembro a exposição “Afeto” na Praça das Artes. As obras exploram ancestralidade, cultura e diáspora de povos originários africanos por meio de pinturas em tela, esculturas e fragmentos com o objetivo de resgatar a memória e identidade da cultura afro-brasileira.

 

Obras

São mais de 40 obras de arte que traçam a simbologia da cultura africana e a resistência política e social do povo negro. O curador da exposição, Moah Mattos, reuniu na mostra dois artistas brasileiros: o escultor Dario Najamerlinn e a artista plástica Lúcia Rosa, que por meio de suas artes traduziram a alma de um povo cuja história quase foi apagada pelo preconceito ao longo dos séculos.

Guardiões 

Dentre as obras estão as esculturas dos guardiões africanos da cultura iorubá, dos quais as suas influências vão além da religiosidade, mas contribuem na construção da identidade brasileira e nas suas manifestações artísticas. 

 

“A arte em silêncio se comunica com as pessoas e traz felicidade para os povos, e ensina o valor da união e da paz”, disse o escultor Dario Najamerlinn  sobre  suas esculturas que dialogam com a cultura africana. A sensibilidade do artista fez com que fosse convidado a esculpir o cajado do Rei do maior grupo étnico de Angola.

 

Mitologia africana

Muito se sabe da mitologia grega, mas a mitologia africana narra a história do mundo de maneira tão rica quanto a do continente europeu. Isso foi lembrado na escultura do orixá Nanã, que representa a criação do homem.

 

“Na primeira mesa da exposição os guardiões africanos saúdam o orixá Nanã. Ela que forma o homem pelo barro e Oxalá dá o sopro divino”, explica Moah.

 

Resistência 

A artista Lucia Rosa, mulher negra, em sua arte retrata o cotidiano das mulheres, seus sofrimentos, lutas, glórias e amores. “A sua linguagem artística retrata o sagrado feminino”, explica o curador.

 

No coletivo artístico está o nigeriano de tradição iorubá, Adeyinka Olaya, que contribui na exposição com telas que representam Orixás, explorando a ancestralidade de fragmentos que retratam a luta de resistência dos povos originários africanos.

 

Afeto

De acordo com o curador, o nome “Afeto” significa a importância de abraçar todas as culturas. “Somos o afeto. Essas obras, a cultura e a arte somos todos nós”, disse Moah. 

 

A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. A entrada é franca. A Praça das Artes fica na rua Ministro Raphael Monteiro, 255, no Jardim dos Camargos.

 

 

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