Quem eles tentam convencer na CPI da Pandemia?

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Acompanhar os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado tem sido um teste de paciência diante de uma sequência de declarações contraditória e até mentirosas.

Como ocorrido no depoimento do ex-secretários de comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, quando os senadores Renan Calheiros (MDB/AL) e Fabiano Contarato (Rede/ES) cogitaram pedir a prisão do ex-secretário após ele mudar o teor de várias declarações dadas à revista “Veja”, entre as quais uma que acusava o Ministério da Saúde de incompetência na condução da pandemia e na aquisição de vacinas, entre outras, como negar que a secretaria comandada por ele tivesse produzido a campanha “O Brasil não pode parar”, que pregava contra as políticas de isolamento social.

Outro depoimento que chamou a atenção foi o do ex-ministro das relações exteriores, Ernesto Araújo – que estava em uma versão paz e amor na CPI –, negou que tenha causado atritos com o governo chinês, durante o enfretamento da pandemia. O que levou a senadora Kátia Abreu (PP/TO) chamá-lo de “negacionista compulsivo” e “bússola que nos direcionou para o caos.”

Contradições

Mas como se não fosse o suficiente, os senadores ainda apontaram diversas contradições no depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Uma delas foi a fala de que presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nunca ordenou diretamente que a vacina fabricada pelo Instituto Butantan, em parceria com a chinesa Sinovac, não fosse negociada. Mesmo sabendo que é de conhecimento público que o presidente fez postagens declarando que as compras das vacinas produzidas pelo instituto não seriam feitas.

Foram tantas mentiras e contradições cotadas em tão pouco tempo de CPI, que chego a me perguntar o que eles ainda tentam negar diante de tantos fatos, óbitos e enlutados no país? O porquê eles insistem em manter uma retorica que vai contra a realidade? Isso só mostra que a oposição tem um árduo trabalho pela frente, e que o povo precisa reconhecer que errou em 2018.

Marcelo Damasceno é jornalista, especialista em ciência política e mestrado em comunicação social.

Imagem: Internet – Capricho Abril

 

 

 

 

 

 

 

 

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