“Pobreza menstrual” precisamos falar cada vez mais

Por Vereadora Elsa Oliveira

Recentemente falamos muito sobre pobreza menstrual, um tema absolutamente natural e urgente, porém deveria estar em pauta desde sempre, mas que ganhou destaque somente nos últimos meses.

Celebramos a aprovação no Senado e na Câmara do PL da Deputada Marília Arraes, que pela primeira vez na história previa a criação de um programa destinado à proteção e promoção da saúde menstrual. Portanto, a proposta do PL seria contemplar mais de  5,6 milhões de mulheres em todo o país, entre estudantes de baixa renda matriculadas em escolas públicas; mulheres em situação de rua ou em situação de vulnerabilidade social extrema; presidiárias e apreendidas, recolhidas em unidades do sistema penal e pacientes internadas em unidades para cumprimento de medida socioeducativa.

No entanto, infelizmente o presidente Jair Bolsonaro vetou parcialmente o projeto, justamente a parte que tratava da distribuição de absorventes para meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade. Fico feliz, porque apesar do veto, mais de 13 estados já adotaram programas semelhantes, que garantem a distribuição gratuita de absorventes.

Aqui no Estado de São Paulo, o programa Dignidade Íntima está prestes a completar quatro meses e contou com investimento de R$ 30 milhões para este ano, o suficiente para a compra de 50 milhões de absorventes, segundo o Secretário de Estado da Educação Rossieli Soares. Então em Osasco, o Prefeito Rogerio Lins recebeu com bons olhos o projeto de autoria da vereadora Ana Paula Rossi, para que essa distribuição aconteça.

Eu sempre luto pela pauta das mulheres. Porque sabemos o quanto existem temas que são somente nossos e que precisam do nosso olhar. Sinto-me privilegiada de ser uma das vereadoras na Câmara Municipal e assim ampliar a voz da representatividade feminina em nossa cidade. Embora as conquistas, ainda temos um longo caminho a percorrer.