Vítimas das chuvas mais do que obras, a ajuda precisa ser humana!

 Vítimas das chuvas mais do que obras, a ajuda precisa ser humana!
Compartilhe essa matéria

Por Elsa Oliveira

Temos que reconhecer que cada prefeito que passou por Osasco teve um papel importante na construção do que é hoje a 2ª maior cidade de São Paulo. Mas se recortarmos somente o assunto “combate às enchentes”, foi nos últimos 20 anos que os governos investiram, de fato, pesado nessas obras.

Mesmo assim, parece que a intervenção não foi suficiente. A cidade de Osasco costuma ser o assunto de todos os jornais vespertinos durante os meses de janeiro e fevereiro por causa dos alagamentos que a gente já está ciente e acompanha de perto. E é triste demais ver famílias tendo suas casas cheias, móveis e eletrodomésticos perdidos, documentos destruídos, e em alguns casos muito graves, até vidas ceifadas.

Ocorre que nosso município cresceu demais, e por muito tempo, de maneira desordenada, e corrigir esse curso não é fácil. Muitas vezes, não é nem possível, porque a cidade já está com o leito do seu rio ocupado, com suas ruas asfaltadas, e com sua rede de esgoto praticamente coberta na maioria dos bairros. Não dá pra derrubar tudo e começar de novo, né?

Mas dá pra humanizar a ajuda…

Claro que as obras de canalização de córregos, limpeza de bueiros, zeladoria e manutenção da cidade precisam e devem continuar acontecendo. Elas são fundamentais e ajudam nesse processo, assim como o plantio de árvores, principalmente se forem plantadas em bolsões verdes, o que cria grandes espaços de chão permeável.  A população também pode fazer sua parte, tendo consciência de que lugar de lixo é no lixo, e que isso vale até pra pequenas bitucas de cigarro, que vão parar nas bocas de lobo, e em grande quantidade, causa grande transtorno também. Enfim, dá pra fazer muita coisa.

Mas a ajuda imediata precisa acontecer e precisa ser humana. Pensando nisso, votamos, na última semana, o projeto do Executivo que cria um auxílio emergencial para as vítimas da forte chuva do final de janeiro. Ele vai cobrir danos pessoais causados por desastres naturais, com valores que podem variar de 3 a 11 salários mínimos, de acordo com o prejuízo sofrido.

A lógica é a seguinte: tem que ter obra naquele local do desastre? Tem! Dá pra fazer? Dá! Mas quanto tempo isso levaria? E quem perdeu tudo, tem pressa, porque a vida continua, e no dia seguinte, tem chuva de novo.

Pensar em cada pessoa que teve sua estrutura de vida parcial ou totalmente destruída requer urgência e um governo que ofereça apoio imediato. Então SIM a esse projeto e à toda ajuda que vier, tanto do poder público quanto da iniciativa privada e porque não, da sociedade civil, que sempre se organiza e faz o que está ao seu alcance pelo seu próximo. Gratidão a Osasco, sempre!

0 Reviews

Relacionados