Intestino e Parkinson, qual a relação?

 Intestino e Parkinson, qual a relação?
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A Doença de Parkinson, é uma doença neurodegenerativa, a segunda e mais comum no mundo depois da Doença de Alzheimer com um uma estimativa entre 100 e 300 a cada 100.000 pessoas por ano, e devido ao processo de envelhecimento, é possível que esse número dobre até 2030.

O Parkinson afeta diretamente os neurônios dopaminérgicos, que produzem uma substância chamada Dopamina. A diminuição desta substância no Cérebro, provoca um processo neurodegenerativo multisistêmico, com diversas alterações no sistema nervoso central e nos movimentos do corpo característicos da Doença como a diminuição da velocidade dos movimentos, rigidez no corpo, tremor em repouso ou quando se inicia algum movimento, perda do equilíbrio, dificuldade de caminhar, distúrbios do sono e alterações gastrointestinais como a dificuldade para evacuar causada pela diminuição dos movimentos intestinais sendo estes sinais, os primeiros a aparecer nas pessoas com a Doença de Parkinson.

As bactérias presentes em nosso intestino, são responsáveis por realizar diversas tarefas no organismo incluindo o perfeito funcionamento deste órgão que tem uma relação estreita com a Doença de Parkinson.

Vários estudos pelo Mundo tem mostrado que as alterações significativas nessas bactérias intestinais, poderiam estar relacionadas ao início da Doença de Parkinson antes mesmo das alterações motoras características desta doença estarem presentes.

A diminuição de uma família de bactérias intestinais específicas nas pessoas com Parkinson, afetariam as funções cerebrais devido a diminuição do funcionamento intestinal causando consequências imediatas como as inflamações intestinais, dificuldade na evacuação, náuseas e diarreia. Essas alterações, podem ativar cronicamente o intestino, o sistema imunológico de todo o corpo, causando uma inflamação cerebral e iniciando os processos degenerativos cerebrais e o aparecimento do Parkinson.

Durante o processo de envelhecimento, as alterações no organismo precisam ser observadas para evitar problemas maiores no futuro. No caso das alterações intestinais, o acompanhamento com um Nutricionista pode ajudar a regular essas funções intestinais através de uma dieta mais adequada equilibrando as bactérias intestinais regulando o intestino, evitar o uso abusivo de substâncias como o álcool que provoca o desequilíbrio bacteriano intestinal e a realização de atividade física que auxilia no movimento intestinal facilitando a evacuação.

Com o diagnóstico de Parkinson, a Fisioterapia deve ser personalizada e individualizada para focar na melhora da realização dos movimentos, corrigir alterações posturais, evitar as quedas causadas pelo desequilíbrio e perda da força muscular tendo como objetivo, devolver o máximo de independência e qualidade de vida à pessoa e familiares.

Forte abraço, cuide-se bem e conte comigo sempre!

Fonte: https://theconversation.com/la-estrecha-relacion-entre-la-microbiota-intestinal-y-la-enfermedad-de-parkinson-158467

Dr. Robson G. Mailho – Fisioterapeuta – CREFITO-3 108.159F

Colunista do Jornal Digital da Região Oeste

Instagram: @fisiopersonalizada

 

 

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