Dia da internacional da mulher: Uma data para reflexões!

 Dia da internacional da mulher: Uma data para reflexões!
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Na próxima segunda-feira, 8, será o Dia Internacional da Mulher que é comemorado mundialmente.

A ideia dessa uma celebração anual surgiu depois que o Partido Socialista da América idealizou em 20 de fevereiro de 1909, em Nova York manifestações pela igualdade de direitos civis e em favor do voto feminino.

A data promove conferências e eventos dedicados aos temas da igualdade de gênero, violência contra a mulher, conquistas, histórias de luta e feminismo com o intuito de frisar a importância da mulher na sociedade e a história da luta pelos seus direitos.

A origem do Dia Internacional da Mulher está repleta de controvérsias. Porque, alguns associam o surgimento da data com a greve das mulheres que trabalhavam em Nova York na Triangle Shirtwaist Company e consequentemente, ao incêndio que ocorreu em 1911. Outros, indicam que ela surgiu na Revolução Russa de 1917, a qual esteve marcada por diversas manifestações e reivindicações por parte das mulheres operárias.

No dia 08 de março de 1917 cerca de 90 mil operárias russas percorreram as ruas reivindicando melhores condições de trabalho e de vida, ao mesmo tempo, que se manifestavam contra as ações do Czar Nicolau II. Esse evento, que deu origem à data, ficou conhecido como “Pão e Paz”. Mas, isso porque, as manifestantes também lutavam contra a fome e a primeira guerra mundial (1914-1918).

Além disso, em decorrência de um mal entendido feito por jornais alemães e franceses, foi criado um mito em torno do dia 8 de março de 1857, quando supostamente teria acontecido uma greve, que na verdade não ocorreu. Ainda que existam diferentes versões sobre a origem da data, ambos os movimentos tinham o objetivo de alertar sobre o estado insalubre de trabalho que as mulheres estavam sujeitas. Destacam-se aqui, as longas jornadas de trabalho e os baixos salários que recebiam. Portanto, a luta dessas operárias focava na busca de melhores condições de vida e trabalho, além do direito ao voto.

Então, diante desse cenário, a criação de um dia dedicado à luta das mulheres foi sendo delineada por manifestações que ocorreram simultaneamente nos Estados Unidos e em diversas cidades da Europa em finais do século XIX e início do século XX. Mas apesar de todos esses movimentos a história das mulheres sempre esteve marcada pela submissão, bem como pela violência. A despeito de hoje em dia a mulher ter alcançado muitos direitos, a luta continua, visto que ainda sofrem com o preconceito, a desvalorização e o desrespeito.

No Brasil, as movimentações em prol dos direitos da mulher surgiram em meio aos grupos anarquistas do início do século 20, que buscavam, assim como nos demais países, melhores condições de trabalho e qualidade de vida. A luta feminina ganhou força com o movimento das sufragistas, nas décadas de 1920 e 30, que conseguiram o direito ao voto em 1932, na Constituição promulgada por Getúlio Vargas. A partir dos anos 1970 emergiram no país organizações que passaram a incluir na pauta das discussões a igualdade entre os gêneros, a sexualidade e a saúde da mulher. Em 1982, o feminismo passou a manter um diálogo importante com o Estado, com a criação do Conselho Estadual da Condição Feminina em São Paulo, e em 1985, com o aparecimento da primeira Delegacia Especializada da Mulher.

Em 2006, por sua vez, foi sancionada a Lei n.º 11.340, de 07 de agosto de 2006, conhecida popularmente como “Lei Maria da Penha”. O nome é uma homenagem à farmacêutica que sofreu violência do marido durante anos. A lei é considerada um marco na história de luta das mulheres brasileiras contra a violência doméstica.

Apesar dos avanços obtidos nos últimos anos, essa data pode servir não apenas para comemoração, mas também para refletir profundamente sobre o papel da mulher e seu lugar na sociedade.

 

 

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