Composição Corporal na Força dos Idosos

Olá, tudo bem com você?

A população idosa representa cerca de 10% da população brasileira e a diminuição da musculatura é uma alteração significativa associando outras enfermidades causadas pela perda da força muscular.

Em 2015, a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, publicou um artigo que avaliou a relação entre a composição corporal e a força de preensão palmar de homens idosos brasileiros.

Quarenta e seis idosos com idade igual ou superior a 60 anos, foram divididos em 4 grupos de acordo com a porcentagem de gordura e massa magra.

A força muscular máxima é alcançada por volta dos 30 anos, se mantém mais ou menos estável até à quinta década de vida, idade a partir da qual inicia o seu declínio e entre os 50 e os 70 anos há uma perda de aproximadamente 15% a 30% a cada 10 anos.

Com a perda de massa muscular, também pode ocorrer um ganho de massa gorda que é comum nas pessoas idosas, sendo essa situação conhecida como obesidade sarcopênica embora esse fenômeno, quer de forma conjunta ou isolada, possam acometer ambos os sexos e simultaneamente, ocorre a associação do ganho de massa gorda e perda de massa magra com diminuição da força ao realizar as atividades mais rotineiras.

A composição corporal juntamente com força de preensão manual, podem ser utilizadas como avaliação de indicadores de atividades de vida diárias como realizar com facilidade, sem auxílio de terceiros, gestos motores, como segurar um copo de água, subir um lance de escadas e sentar-se sem que haja o risco de quedas, demonstra autonomia para realizar tarefas do dia a dia demonstrando melhor qualidade de vida.

A maioria dos idosos desconhecem os benefícios que exercícios de força promovem para melhorar a qualidade de vida e a independência na atividades mais simples realizadas diariamente como uma caminhada a qual não é suficiente para melhorar a força muscular no idoso uma vez que para realizar essa e outras tarefas, é preciso que o idoso tenha força muscular e consequentemente mais massa muscular que só pode ser adquirida através de exercícios físicos que estimulam a força muscular.

O estudo demonstra que em homens idosos portadores de mais massa muscular, tem significativamente maior força que homens idosos com menor massa muscular e os resultados demonstram que os níveis de força de preensão palmar não dependem unicamente do peso corporal pela massa muscular, mas também pelo percentual de gordura que pode indicar uma melhor ou pior condição para realizar o esforço de preensão manual.

Forte abraço, cuide-se bem e conte comigo!

Fonte: Rev Bras Med Esporte – Vol. 21, No 3 – Mai/Jun, 2015

Dr. Robson G. Mailho – Fisioterapeuta – CREFITO-3 108.159F

Colunista do Jornal Digital da Região Oeste

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