Agenda Cultura traz “O que te influencia?”

 Agenda Cultura traz “O que te influencia?”
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O termo de maior evidência nos últimos tempos sem sombra de dúvida é o influenciar, parece inclusive que nunca vivemos sem ele. E isso também é termo Cultural, não acham??

Acompanhe só!

Atualmente, o mundo do entretenimento e das redes sociais,  juntamente com os realities shows giram em torno dos influencers. Até uma década atrás eram as novelas e revistas que ditavam as tendências de moda, cultura e entretenimento. Hoje é a internet, que determina ás regras com as informações em tempo real na velocidade da luz.

Mas, tais feitos podem ser expressivamente positivos quanto negativos, quando gostos começam e se tornar excessivos. Devemos ter em mente que os influenciadores digitais são pessoas comuns e não semideuses e que opiniões devem ser repensadas e filtradas, pois ninguém precisa partilhar da mesma opinião para ser aceito. Como já falamos aqui ao mesmo tempo, que influenciar tem pontos positivos, a cultura do cancelamento pode ter consequências terríveis.

O ideal é entendermos a finalidade da Influência que é a ação que alguém ou algo tem sobre outra coisa, ou seja, o poder, o controle ou a autoridade. Quando se diz que determinada pessoa é uma influência para as demais, significa que serve de modelo ou que exerce interferência sobre o modo de agir ou de pensar das outras pessoas.

Em todos os momentos da nossa vida, diante da nossa formação filogenética e ontogenética, somos influenciados pelos meios sociais. Então, não podemos dizer que o homem é um ser isolado. Somos seres individualizados e, ao mesmo tempo, coletivos, somos influenciados pela sociedade a partir das relações culturais.

Algumas vezes nós não percebemos, mas as nossas relações, ou seja, as pessoas que convivem conosco diariamente, sejam aqueles que temos algum tipo de afeto ou virtualmente, nos influenciam (e muito).

O fato é que quando convivemos com essas pessoas, nós trocamos informações, falamos opiniões, contamos histórias, verdades e mentiras, nós demonstramos nossos sentimentos, brigamos, reclamamos, ajudamos e somos ajudados e, fazemos isso com muita naturalidade, pois tudo isso faz parte da convivência social.

O que muitos de nós não percebemos (ou acabamos não pensando sobre), é  como essa convivência nos influencia e como nós acabamos influenciando essas pessoas. Nós estruturamos a nossa personalidade, a nossa subjetividade, a partir da nossa história de vida e, consequentemente, das influências que sofremos das pessoas que convivemos.

Cronologia

As primeiras pessoas que convivemos, o primeiro grupo que somos inseridos, é a nossa família. Portanto, muito do que somos hoje é referente a esse contato inicial com esse grupo. Mas, com o tempo, passamos a conviver com outros grupos, outras pessoas e, assim, passamos a nos modificar constantemente.

Na idade adulta, nós já nos transformamos em uma soma de todas as experiências que vivenciamos e todas as relações de troca que tivemos. Passamos a nos espelhar em outras pessoas, imitando comportamentos, elaborando opiniões, assim como, evitamos alguns comportamentos que não aceitamos, ou seja, vamos nos moldando de acordo com a forma como percebemos e vivenciamos o mundo e as nossas relações.

É claro, que não podemos afirmar que somente isso nos influencia e nos modifica. Mas podemos afirmar que essas relações são partes importantes de nossas estruturações. Refletindo sobre isso, fica importante nos questionarmos até que ponto nós convivemos ou buscamos referências com pessoas que nos trazem algum tipo de influência positiva.

Quais são às pessoas que nos trazem algum tipo de desenvolvimento e fazem com que realmente nos modifiquemos? Que nos auxiliam a sermos pessoas diferentes e, até mesmo, pessoas melhores?

Será que estamos nos relacionando apenas com pessoas que não nos fazem bem? Pessoas que atrapalham a nossa vida e nos impedem de progredir? Até que ponto podemos escolher as pessoas com que convivemos ou podemos deixar que os outros detenham o poder de exercer influência sobre nós?

As respostas para cada um dessas questões, somente você pode respondê-las. Mas antes de fazer isso, o mais importante é refletir sobre o quem realmente importa na sua vida e quais influências essas pessoas ou as redes te trazem. A partir dessas reflexões somos capazes de  pensar sobre a nossa influência no outro e o que nós podemos fazer para que contribuamos positivamente na vida dos outros? Entender isso, significa modificar a forma como você se relaciona.

É claro que não devemos nos preocupar com isso o tempo todo. Mas em alguns momentos, o ideal é fazer uma pausa para pensar e refletir sobre essas questões, principalmente quando sabemos que temos esse tipo de poder. A mudança está em como você percebe o mundo e o que você faz para mudar, mas claro, você é livre para escolher.

Portanto, a chegada do próximo ano é uma boa oportunidade para repensarmos e avaliarmos as nossas influências em todos os segmentos cotidianos para que possamos evoluir com elas.

Desejo que você seja sempre influenciado pelo melhor e com isso, possa agregar uma boa dose de empatia e resiliência consigo mesmo e com o próximo!

Feliz 2022, repleto de luz!

 

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